terça-feira, 10 de maio de 2011

Castelos






"Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo"
Caio Fernando Abreu





Sim, na ânsia de concretizar nossas idealizações amorosas,  construímos qualquer coisa, mas nos esquecemos que se a base  não é sólida o suficiente, tudo tende a desmoronar, né?! 
Seguindo as reflexões de minha amiga Josi Lemos, do blog Descordância, estou me questionando:  Será que meus amores fulminantes foram apenas nomes dados às trepadas boas que dei???  Vai saber, né?! 

4 comentários:

Giovani Verazzani disse...

Pitaco pertinente...

Luz disse...

Ana,

Qualquer coisa é uma m... mesmo!
Com todo respeito!
Mas, tanto o "qualquer" quanto o "coisa" dão essa forma de insignificância.
De vez enqdo é bom aparecer "o" acontecimento, pq os acontecimentos que dão verdadeiros sentidos pras nossas vidas.
Todos merecem ser amados; todos merecem não só construir castelos mas recebê-los também...

O que for insignificante a gente logo esquece deixando espaço para as memórias mais significantes.

Boa sorte pra todos nós!

Bjoo

Ludmilla disse...

Acho bastante provável, Gabi!

Rosmari disse...

Muito interessante, gostei muito, parabéns.
http://sinodealerta.blogspot.com